Pen-Drive pode ser causador do apagão em SP...

A causa do apagão do dia 10 ainda é uma incógnita, porém a equipe designada a investigar possíveis falhas sistêmicas em FURNAS elaborou um relatório com as possíveis causas do blecaute.
Alexandre Papadopoulos em entrevista coletiva

BRASÍLIA – Uma equipe técnica da Unicamp contratada pela empresa de distribuição de energia FURNAS desembarcou na manhã desta quinta-feira em Brasília com um relatório sobre as possíveis causas do apagão. De acordo com o engenheiro da computação e coordenador do relatório, Alexandre Papadopoulos, a causa teria sido um vírus de pen-drive.

O documento de 72 páginas relata que a investigação encontrou um malware na rede de computadores da central de distribuição de energia, que foi lançado a partir do pen-drive de um dos funcionários que estavam de plantão. Papadopoulos explicou que o vírus foi o responsável pelo corte de energia “Com certeza foi um vírus de pen-drive. As pessoas são infectadas quando visitam sites pornográficos. É muito comum. O vírus desligou toda a rede de computadores, lamentável”.

Com um sniffer (programa que varre redes de computadores em busca de erros), a equipe encontrou vírus instalados em quase todos os computadores da usina. Em análise dos logs, constatou que os malwares foram lançados na rede a partir de um pen-drive, que foi conectado em um dos computadores às 21h59min do dia 10 de novembro.

Os três funcionários de plantão foram interrogados e um deles assumiu ter conectado o dispositivo em sua máquina na noite do apagão. Segundo Papadopoulos, o empregado alegou que iria passar algumas músicas e vídeos para o computador e que esse comportamento é comum a quase todos os funcionários de FURNAS.

O engenheiro ainda confirmou que os programas antivírus das máquinas estavam com a licença expirada há 4 meses “As máquinas estavam sem proteção alguma. Há uma licitação para a compra de 150 licenças de antivírus, mas a previsão para conclusão é em janeiro de 2010. É inaceitável que uma rede de tamanha importância opere com tamanha vulnerabilidade” criticou.

No relatório, a equipe da Unicamp ainda elaborou novas diretivas de segurança para serem implantadas em Furnas. Dentre elas, bloqueio de sites pornográficos e de cassino online, que representavam cerca de 47% dos acessos à internet da subestação.

Porém o relatório ainda não é a palavra final do mistério do apagão. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que não acredita nas conclusões da equipe da Unicamp “Não dá para controlar. Não dá! Não dá prá planejar. Eu ligo o rádio e blá, blá, blá, blá, blá, blá. Eu te amo!” ironizou.

Para o desfecho do caso ainda é esperado estudos da equipe de Itaipu e da fundação esotérica Cacique Cobra Coral.

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